22 de agosto de 2011

Policiais LGBTs formam rede para lutar contra a homofobia no Brasil


Grupo de profissionais da segurança pública LGBT tem 50 integrantes. 
Corporações informam que não há preconceito ou discriminação.


Policiais, agentes penitenciários, vigilantes ou outros profissionais que atuam na área de segurança pública e que assumiram publicamente a orientação sexual, resolveram se unir para lutar contra a homofobia. Para isso, criaram a Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBT (Renosp-LGBT), que hoje conta com 50 integrantes.

São delegados, policiais civis e militares, bombeiros, guardas e agentes prisionais que passaram a não mais esconder a orientação dos colegas de trabalho e a lutar contra o preconceito a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no meio em que atuam.

Um dos integrantes, o agente penitenciário Breno Agnes Queiroz, de 26 anos, conta que o grupo foi formado durante um evento no Rio de Janeiro, em novembro de 2010, que reuniu operadores de segurança pública do país para discutir formas de lidar com a população LGBT.

“O seminário era para fazer algo para a segurança pública da população, mas aproveitamos que alguns de nós éramos homossexuais para nos reunirmos e defendermos nossos interesses”, afirma Breno, que tem o apoio dos colegas do presídio em que trabalha em Campinas, no interior de São Paulo.

“Sempre tem gente achando que vamos nos aproveitar da situação, por ser homossexual, na hora da revista de algum detento. Eles acham que tem que ser macho para colocar autoridade. Mas nossa presidente é uma mulher e sabe liderar. Há muita homofobia no meio policial”, diz.

O agente declara que “há uma homofobia institucional velada ou latente, que pode se manifestar de várias formas”. Para ele, o preconceito, porém, não é da corporação: mas sim, “das pessoas” que convivem com os policiais assumidamente LGBTs.

“Eu tive que trabalhar muito a conscientização dos meus colegas. Tive que mostrar que não sou nada diferente, que não há motivos de me impedir de fazer um tipo ou outro de serviço. Sabemos separar a opção sexual do trabalho”, afirma.
'Preconceito institucional'
Casado há 13 anos com um guarda de trânsito de Porto Alegre, o policial rodoviário federal Maicon Nachtigall, de 33 anos, reclama que tem que lutar diariamente contra o que chama de “preconceito institucional”. Ele acredita que é discriminado por ser homossexual.

“Sou um dos policiais que mais se destaca no relacionamento com a comunidade e em trabalhos sociais na minha região e nunca consegui uma promoção por merecimento. O fato de ser gay me impede de competir e vencer com os outros da mesma forma”, afirma.

Breno e Maicon concordam sobre a falta de uma política pública nacional sobre o tema, afirmando que tiveram que brigar individualmente para garantir o respeito nas corporações principalmente para integrantes da Polícia Militar, onde o militarismo impede que assumam suas orientações sexuais sem ter medo de repreensão de superiores ou de homofobia.

“Ainda não há uma política interestadual. O que fazemos são trabalhos isolados, em cada estado, em cada polícia. Conheço muitos gays na Polícia Federal, na Polícia Civil e na Polícia Militar aqui no estado que não assumem, por medo. Ser gay ainda é um desafio nessas corporações”, afirma Maicon, que atua em Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Duas lésbicas também integram a rede, uma PM de São Paulo e uma policial civil do Mato Grosso do Sul, que pediram para não ter o nome divulgado porque, apesar de não sofrerem discriminação dos colegas, temem que a corporação não entenda a forma como estejam expondo sua orientação sexual.

“A gente não precisa escancarar”, diz a policial militar de São Paulo, que pediu para não ser identificada e não gosta de falar do assunto. “Nunca sofri preconceito por parte dos meus colegas do policiamento e nem vi discriminação deles com gays ou lésbicas na rua", afirma ela.

‘Não precisa usar placa’
Policial civil há 11 anos no Mato Grosso do Sul, Joana (nome fictício) escondeu dos colegas policiais durante 5 anos o relacionamento que tinha com outra mulher, com quem morava. Tudo mudou quando uma escrivã lhe perguntou por que fazia isso.

“Sofri muito com a minha história, tinha muito medo, não me expunha. Quando ia para festas da polícia, ela me largava na esquina, não entrava comigo. Descobri que não precisa fazer isso. Se estou com ela, por que esconder?”, questiona Joana.

“Não precisa dizer abertamente, usar placa, mas também não precisa esconder”, diz ela, que atua em uma delegacia da mulher.

Joana já viveu situações de homofobia no trabalho, mas lidou com elas. “Tem mulheres que vão me procurar porque foram agredidas pelo marido, dizendo que ouviram deles frases tipo: ‘Pode ir procurar aquela delegada sapatão’. Os agressores às vezes usam isso para me atingir, mas sei lidar com as situações”, afirma.

“Eu não posso levantar bandeiras, porque lido com a população e preciso me preservar e porque ainda há um certo receio e preconceito. Mas tomei a decisão de não esconder mais dentro da polícia para encorajar outras pessoas”, acrescenta ela.

Orientação sexual na polícia
A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo informou que "não há nenhum preconceito com relação a funcionários LGBT e nem presos" e que a pasta integra um comitê interestadual de defesa da diversidade sexual da qual fazem parte servidores da secretaria e que tem por objetivo definir diretrizes de combate à homofobia.

A assessoria de imprensa da PRF informou o fator sexual da pessoa não tem nenhuma influência e que não há diferenciação nem preconceito dentro da PRF por questões de orientação sexual. Segundo a PRF, todo servidor público tem um código de ética a cumprir, independentemente de outros fatores.

Em nota, a Polícia Militar de São Paulo diz que "é uma Instituição legalista e comprometida com a dignidade da pessoa humana" e que "não há discriminação quanto à origem de seus integrantes quanto à raça, cor, religião, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero". A corporação diz que a postura do policial, quando em serviço, é a mesma exigida para qualquer pessoa que integre a PM.

Já a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul afirmou em nota "não possuir qualquer dispositivo para impedir ou dificultar o acesso de pessoas LGBT à seus quadros". Segundo a Polícia Civil do MS, "a filosofia institucional é de que a orientação sexual é de caráter personalíssimo e só se torna impedimento se motivar crime ou irregularidade administrativa prevista em lei".

O Ministério da Justiça não respondeu aos questionamentos sobre se há políticas voltadas para profissionais de segurança pública LGBT e nem informou se a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) reconhece a Renosp-LGBT como entidade representativa da categoria.




6 de agosto de 2011

Especial Dia do Orgulho Hétero!

Algumas reflexões, sobre o tal Dia do Orgulho Hétero!
Por: Thiago Pereira






    Agora eu Pergunto, do que você se orgulha?

27 de julho de 2011

HOMOFOBIA SIM!


Por Wellthon Leal

O vídeo publicado hoje pelo diretor/ator polêmico Fabrício Mira está causando muita notoriedade tanto ao público LGBT quanto aos que propagam a homofobia no Brasil. O vídeo de cerca 5 minutos expõe um discurso não tão difícil de achar hoje em dia pelo país com a onda “neo-conservadora”. Ao decorrer do vídeo o incomodo é tanto que ao chegar aos elogios às figuras de Bolsonaro e Myrian Rios, o peito se estufa e depois o ar saí entre risos e a conclusão: “genial!”. Mira teve a sacada de reproduzir aquilo que muitos cientistas e até o senso comum está percebendo, o incomodo e ódio aos direitos LGBT é muito mais um medo de afrouxar uma vontade sexual reprimida do que a plena garantia de liberdade contra a agressão á heteronormatividade. Imaginemos quantos homofóbicos que viram/estão vendo esse vídeo entraram em pânico com o vídeo... e pensaram: ”descobriram!”. Mas será que Silas Malafaia está reprimindo suas vontades sexuais?... Bem nos EUA o Malafaia de lá já caiu após descobrirem um romance secreto com um garoto de programa... Obrigado Fabrício Mira!


O DIRETOR: Fabrício Mira ficou conhecido no Rio de Janeiro por usar filmes eróticos para questionar situações sociais de Campos dos Goytacazes, uma cidade de quase 500 mil habitantes no Estado do Rio de Janeiro. O filme “Sexo na Planície 2” causou tanto impacto com entidades religiosas, policia militar e até autoridades políticas que foi proibido de ser vendido em todo Estado do Rio de Janeiro e todos (realmente todos) os vídeos do filmes foram tirados dos sites de vídeos pornôs, inclusive camelôs . O diretor e ator do filme Fabrício Mira saiu do do Estado com medo de represálias da PM do Rio e dos políticos envolvidos no filme. Sem dúvida Fabrício Mira tem uma pegada genial e ousadia sem tamanha através da câmera, essa figura é uma prova que a dita liberdade de expressão no país tem lugar, começo e fim colocado por políticos de um Estado com pouca moral para debater sobre preconceitos e opressões a grupos excluídos da sociedade brasileira. Enfim alguém para extravasar os anseios da militância LGBT & CIA através de filmes e vídeos impactantes.

14 de julho de 2011

Como Uma Criança Entende a Homossexualidade?


Quem é mais inteligente? Um adulto ou uma criança? Quando se trata de entender a homossexualidade, olhe, tem pequenos que podem dar uma incrível lição de respeito ao mais velhos.

Nos últimos dias, tem circulado em redes sociais um vídeo caseiro no YouTube que chama atenção justamente por mostrar o quanto uma criança pode sim compreender que dois homens se amam.

Ao ser informado que ele está falando com um casal gay, o garoto só diz achar engraçado, já que ele conhecia apenas casais de homem e mulher. O final do vídeo é um ótimo anti-clímax e mostra o quanto adultos criam fantasmas sobre o que uma criança pode pensar da homossexualidade: “Vou jogar ping-pong!”. Simples assim.


7 de julho de 2011

AFINAL, O QUE OS GAYS PENSAM QUE SÃO???


É SIMPLES -
O normal de todo ser humano é que ele só consiga ser feliz e saudável se tiver uma vida amorosa e sexual.
Muitos só se sentem felizes e satisfeitos com pessoas de outro sexo – mas, do mesmo modo,  muitos só se sentem felizes e satisfeitos com pessoas do mesmo sexo. Muitos mesmo: na Grande São Paulo há com certeza pelo menos um milhão de pessoas assim.
Ser gay (ou homossexual) é basicamente isso: é sentir amor e desejo físico por pessoas do mesmo sexo. Existem pessoas (que se consideram gays ou não) que se sentem satisfeitas relacionando-se tanto com homens quanto com mulheres – porém a maior parte dos gays só consegue ser feliz com uma companhia do mesmo sexo.
MAS ISSO É NATURAL?
É. – Se nos permitimos chamar qualquer coisa humana de "natural", então hoje sabemos que é natural essa variedade dentro da espécie humana. Tão natural quanto haver destros e canhotos (o número destes não passa da metade do número de gays!), ou haver pessoas de olhos castanhos, azuis e verdes.
Para os heterossexuais é natural desejar pessoas de sexo diferente. Para os homossexuais é natural desejar pessoas do mesmo sexo. Se uma pessoa exclusivamente homossexual tem relações com uma pessoa do outro sexo, muitas vezes sente que está fazendo uma coisa contra a natureza – contra a sua natureza, ou o que a natureza designou para ela.

SER GAY NÃO É HOMEM SE FAZER DE MULHER 
(OU MULHER SE FAZER DE HOMEM) ?

Não necessariamente. A maior parte das pessoas gays (homens ou mulheres) não é assim. Existem pessoas que agora começam a ser chamadas transgêneros, que p.ex. sentem que nasceram com o sexo errado (transexuais) ou que gostam de se vestir com roupas do sexo oposto (travestis). Também elas não devem ser discriminadas, mas é importante saber que a grande maioria dos gays 'nem aparece', não tem um comportamento claramente visível para fora: sua única diferença é que sua capacidade de amar se dirige a pessoas do seu próprio sexo.

MAS GAYS SÃO PESSOAS QUE VIVEM "NA BAIXARIA", NÃO SÃO ?
Não é mentira que existem gays envolvidos em todo tipo de promiscuidade, prostituição, sexo irresponsável, sem falar das famosas intrigas e futilidades... Porém também existem heterossexuais envolvidos em todas essas coisas, e num grau nada menor.
Por outro lado também existem gays (e não são poucos) que prestam serviços altruístas à sociedade, têm brilhante desempenho nas mais diversas áreas profissionais, e são carinhosamente dedicados a uma relação estável (quando conseguem uma, apesar de todas as dificuldades criadas pela sociedade!). Do mesmo modo como há heterossexuais assim.
Muitas das pessoas mais nobres, respeitadas ou queridas da História foram gays: sem falar dos ocasionais (que parecem incluir Shakespeare e Goethe), a lista vai de Alexandre o Grande, Sócrates e Platão a Michelangelo e Leonardo da Vinci; de músicos como Chopin, Schumann, Tchaicóvski, a escritores como nosso grande Mário de Andrade ou H.C. Anderssen (o das histórias infantis como O Patinho Feio ou A Pequena Sereia). Que direito temos de desfrutar de suas obras se desprezarmos suas pessoas?
Ser "podre", ou não, é independente de ser gay ou hétero. Ser nobre e elevado também. Por que não apostarmos no lado bom?


Heterossexualidade também. Quer dizer: não havendo cuidados de higiene, proteção e respeito ao corpo (seu e do outro),todo sexo pode transmitir doenças, inclusive a AIDS, não importa o sexo do parceiro! É uma questão de aprender a se cuidar, tanto para gays como para héteros.

 MAS SEXO É PARA REPRODUZIR!
Só? Claro que não! Na imensa maioria das relações heterossexuais também não se quer a gravidez! Além da reprodução, o sexo serve para o envolvimento entre as pessoas e para trocas "de energias" que são essenciais à saúde física e psíquica.
Embora não gere filhos de carne-e-osso, ainda assim o relacionamento homossexual é fértil, pois dá força aos parceiros de atuarem no mundo e pela humanidade. Isso sem falar de que muitos gays têm filhos, uma situação que não é fácil mas pode dar certo, quando é encaminhada com amor.
Além de tudo: tem cabimento censurar alguém por não reproduzir a espécie, nestes tempos em que o planeta já enfrenta uma superpopulação?!?

MAS É  ERRADO!
Uma coisa é errada se prejudica alguém. Ser gay, em si mesmo, não prejudica a ninguém, nem mesmo ao próprio gay. Com que base então pode ser chamado "errado"?

E O QUE EU TENHO A VER COM ISSO?
Quem é injusto numa coisa não pode se gabar de ser justo em nenhuma outra. Se você condena a opressão no geral mas compactua com um único tipo de opressão, já é um opressor. O mundo não vai ser um lugar melhor enquanto não houver respeito por todos, sem exceção. Por isso precisamos da compreensão de todos, inclusive da sua: é preciso que todos entendam essa questão e revejam sua forma de pensar e agir a respeito – não importa se você é gay ou hétero, homem ou mulher.


SER GAY NÃO É PECADO ?
Não. Você pode ser pecaminoso, p.ex. oprimindo outras pessoas, prejudicando-as, explorando-as, fazendo-as sofrer, levando-as a qualquer tipo de decadência, independente de ser homo ou heterossexual. Ser gay não piora nada – nem melhora –, assim como não muda nada ser homem ou mulher, ter olhos azuis ou castanhos. Apenas se trata de uma outra dimensão das coisas.
MAS AS IGREJAS NÃO CONDENAM O HOMOSSEXUALIDADE?
Algumas igrejas 'aceitam' e têm grande quantidade de homossexuais mesmo em seus cargos oficiais, com a condição de que nunca se fale disso abertamente. Naturalmente isso não é uma solução satisfatória, se queremos que a religião faça crescer a Verdade e a Ética!
Já a maior parte das igrejas tenta converter os gays (mesmo se já são convertidos!) e curá-los (apesar do reconhecimento oficial mundial [O.M.S.] de que não se trata de nenhuma doença!); aqueles que não aceitam fingir nem sugestionar-se de que foram "curados" (ficando, aí sim, mais doentes por dentro) acabam sendo expulsos.
Tais igrejas podem agir bem-intencionadas, querendo livrar as pessoas 'do pecado' e 'do inferno'. O que elas ainda não entenderam é que: 
1) ser gay, em si, não prejudica a ninguém, nem mesmo ao próprio gay; e principalmente: 
2)
 ser gay não é uma escolha, como a escolha de comer carne ou não, ou de fazer uso da prostituição ou não: ser gay é parte inseparável da estrutura mais íntima da pessoa – pelo menos tanto quanto ser canhoto ou ter olhos verdes. (Se alguns psicólogos ainda não aceitam isso, todos concordariam que é ainda mais estrutural que o dom para esta ou aquela profissão).
Houve época em que os canhotos eram considerados do diabo, e a igreja perseguia até a morte as pessoas que acreditavam que a Terra gira em torno do Sol – sem falar dos gatos, principalmente os pretos, ajudando com isso a espalhar a peste, pela proliferação de ratos! Acusar os gays é apenas mais um capítulo da mesma história de ignorância e violência.

A BÍBLIA NÃO PROÍBE?
Para ler a Bíblia com proveito é preciso tentar chegar até o Espírito que a inspira, pois no nível superficial das palavras encontraremos muitas contradições.
Dos mandamentos que Moisés recebeu de Deus, provavelmente o mais fundamental é "não matarás" (Êxodo 20), pois dá a todos o Direito à Vida e a ninguém o de tirá-la de seu semelhante. Ao longo da História, porém, nem Israel nem a Igreja deram grande importância a ele: já ao descer do monte Moisés ordenou uma grande matança (Êxodo 32); houve a Inquisição; e até no nosso século a maior parte das igrejas apoiou guerras e abençoou chefes militares. Que direito as pessoas que não respeitam esse mandamento têm de cobrar o cumprimento de algum outro?
Jesus, no Novo Testamento, nos diz que emprestemos dinheiro sem esperar devolução (Lucas 6:34-35), que ofereçamos o outro lado do rosto a quem nos bateu de um lado (Mateus 5:38-42), e que chamar o irmão de imbecil ("louco" – Mateus 5:21-22) é tão grave quanto matar. Qual é a igreja, porém, que cobra de seus membros o cumprimento desses mandamentos, a ponto de expulsá-los se não mudarem de jeito?
O mesmo livro da Bíblia que diz que é errado um homem se deitar com outro (Levítico 18:22, 20:13), diz também que é errado comer ou tocar em presunto, camarão, peixes de couro (Lev.11), misturar dois tecidos na roupa (Lev.19:15) e até cortar a barba! (Lev.19:27). Em dezenas de passagens se diz que não descansar no "sábado" (dia de descanso semanal) é pecado gravíssimo, que traz maldições e deve ser punido com a morte (Êxodo 31:14-15). A maior parte dos cristãos, porém, acha boas razões para relativizar essas ordens, de acordo com seu bom senso. É provável que estejam certos (pois o próprio bom senso deve ser dado por Deus!). Por que, no entanto, eles se recusam a usar essa mesma tolerância em relação às passagens contra o homossexualismo (muito menos numerosas que as contra o trabalho no sábado!)???
Como vemos, nenhum cristão está "limpo" a ponto de poder jogar a primeira pedra nos homossexuais (João 8:7). E, segundo Jesus Cristo, os que querem condená-los ao inferno estão condenando a si mesmos (Mateus 7:1-2, 7:12), pois nenhum é isento de viver quebrando algum mandamento bíblico!
Porém o gay cristão não deseja a condenação dos que o acusam, pois aprendeu com o Mestre a abençoar seus inimigos e a dizer: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Mateus 5:44, Lucas 23:34).

É sempre bom lembrar que a Bíblia também relata o amor profundo entre dois homens: "Jônatas e Davi fizeram um pacto, pois aquele o amava como à sua própria alma." (I Samuel 18:1-4). Palavras de Davi sobre Jônatas: "Tu me eras deliciosamente querido; teu amor me era mais precioso que o amor das mulheres." (II Samuel 1:26). 
(VEJA MAIS TRECHOS DA HISTÓRIA EM OUTRA PÁGINA DESTE SITE)
Se acreditamos que Deus nos fez à sua imagem e semelhança, e que Deus é o grande criador - ou seja: é criativo... - onde é que vemos a qualidade criativa em maior intensidade na humanidade? Não é entre os artistas? E entre os artistas não encontramos também um índice mais alto de homossexualidade?
O encontro do elemento masculino com o feminino é criativo - e é criativo também quando esses elementos se encontram dentro da mesma pessoa! Assim como Deus contém em si todas as possibilidades arquetípicas da humanidade, uma pessoa só é artista se contiver dentro de si uma criança, um jovem, um adulto, um velho, um homem e uma mulher - ou seja, se for capaz de sentir de igual para igual com a totalidade da humanidade. A natureza homossexual facilita isso - e então, longe de ser uma deficiência, pode ser considerada um privilégio! (Que alguns não percebam a grandeza do que têm em mãos e façam um uso barato demais, isso já é outra questão).
Foi do meio dos gays que surgiram muitos dos maiores artistas que criaram obras para a Glória de Deus (p.ex. o escultor e pintor Michelangelo, provavelmente Handel, que compôs o oratório "O Messias" com seu famoso Aleluia, entre dezenas de outros). Será que Deus teria interesse em descartar tantos e tantos dos seus filhos mais brilhantes?
Quando perguntamos com toda sinceridade, não é essa a resposta que temos 'ouvido' dentro de nós. Em outras palavras:
Aqui e em todas as partes, inúmeros gays que buscam sinceramente a Deus (inclusive colocando-se totalmente à disposição dEle para terem mudada sua orientação sexual) 
têm ouvido no fundo dos seus corações: 
'NÃO BLASFEME CONTRA MIM:
 EU  TE FIZ ASSIM, PORQUE EU  TE QUERO ASSIM.'
E em obediência a esse Deus Grandioso e Amoroso, vêm se reunindo para cantar em sua glória e proclamar a Boa Notícia (=Evangelho) de que Deus ama a toda criatura sem distinção de "judeu ou grego, macho ou fêmea" (Gálatas 3:28), branco ou negro, heterossexual ou homossexual. Louvado seja o Seu Nome!
UM NOVO CAPÍTULO NA HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Esta consciência indica que chegamos ao limiar de um novo capítulo da história do cristianismo, que exige a compreensão do Amor Total e Universal de Deus.
Parece que, 2.000 anos depois de Jesus Cristo, a humanidade começa a estar madura para compreender sua proposta ­ que não tem como estar ultrapassada pois até hoje nunca foi realizada!
Jesus Cristo veio para incluir os excluídos - e até hoje seus 'seguidores' vivem excluindo e julgando, contra sua determinação expressa (Mateus 7:1-2).
Diversos autores sugerem, e nossa experiência confirma, que ninguém tem sido tão excluído e desprezado em nossa sociedade quanto os homens e mulheres homossexuais. Em todo mundo, porém, estes estão dizendo 'basta!', e se reunindo em todo tipo de associações, inclusive igrejas com milhares e milhares de membros.
É de uma beleza incrível que Deus vá justamente aos mais excluídos e diga: 'quero que vocês falem em meu nome, e digam a todo o resto da humanidade que Eu não excluí ninguém.'
Ou seja: é verdade que há pessoas que escolhem se excluir com atos de egoísmo - mas, pela sua natureza, nenhuma pessoa foi excluída - não por Deus.

Uma vez conquistada esta consciência pela humanidade, as igrejas que não se abrirem a respeitar e aceitar os gays não estarão cumprindo o que Deus pede delas, e portanto 
não estarão sendo verdadeiramente cristãs.

DEUS TE FEZ E TE AMA:  DEUS NÃO TE EXCLUI!

21 de junho de 2011

Americanos juntos há 61 anos esperam mudança de lei para se casar



Richard Dorr, 84 anos, e John Mace, 91, aguardam apenas legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em Estado americano.

Dois professores de canto, que vivem juntos há 61 anos, aguardam a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em Nova York para se casarem.

Richard Adrian Dorr, de 84 anos, e John Mace, de 91, já receberam o convite de um amigo do Estado americano de Connecticut, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legalizado, para oficializar a união.

Mas os dois, que moram em Nova York desde a década de 40, querem se casar na cidade e pretendem esperar até que o casamento gay seja aprovado lá.

'Começar uma nova fase na vida, ao se casar depois de 61 aos, seria completar algo que foi muito maravilhoso para nós dois', afirmou Richard Dorr.

'Seria ótimo poder dizer: 'somos casados'', disse Mace.

'Somos novaiorquinos e, depois de 61 anos de união, sentimos que temos o direito de ser casados, em Nova York. Já está na hora, não?', pergunta Dorr a Mace durante entrevista à ONG americana Freedom do Marry, que está fazendo uma campanha de divulgação pelo casamento dos dois professores.

Dorr e Mace aguardam a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo em Nova York, já que a lei já foi aprovada na Assembleia do Estado e agora espera aprovação do Senado de Nova York.

Além de Connecticut, o casamento entre pessoas do mesmo sexo já é aprovado em outros quatro Estados americanos: New Hampshire, Massachusetts, Iowa e Vermont, além da capital, Washington.

O governador do Havaí, Neil Abercrombie, aprovou a lei de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo em fevereiro, o que abre o caminho para que casais de gays e lésbicas tenham os mesmos direitos que casais heterossexuais a partir de 1º janeiro de 2012.

'Recorde'
Os dois são professores de canto e já deram aulas para atrizes como Vanessa Redgrave e Bette Midler.

Dorr e Mace se conheceram em 1948 quando estudavam na escola de artes Juilliard School, em Nova York. Mace trabalhava em meio período na escola e Dorr teve que ir ao escritório onde ele estava.

'Foi um momento que nunca vou esquecer', contou Mace.

'Disse para ele: 'quero cantar para você'', disse Dorr.

Desde que se uniram, eles criaram juntos o filho de Mace, Paul.

Mace afirma brincando que o tempo de união dos dois é como um 'recorde'.

'É tipo um recorde. (...) Tivemos pouquíssimas discussões', afirmou.

'Nunca vá dormir brigado', acrescentou Dorr.

Os dois pensaram em casar logo depois dos confrontos de 1969, no bar novaiorquino Stonewall entre os frequentadores homossexuais e a polícia, considerados como a 'fundação' do movimento LGBT nos Estados Unidos e no mundo.

Mas, na época eles não conseguiram. No entanto, agora, os dois esperam a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo para se casar em Nova York.

Respeito e Igualdade




Não precisa gostar de mim e me aplaudir,
Você tem sua opinião e eu respeito!
Eu só quero poder namorar do jeito que você namora!
Eu só quero poder casar, para poder ter meus direitos do mesmo jeito que você tem!
Criar meus filhos assim como você!
Eu só quero poder sair e ter a certeza de que ninguém vai me atacar por amar diferente, da mesma forma que você sai e ninguém nota a sua presença!
Eu só quero que você compreenda que tudo que eu quero é igual ao que você faz, e creio que seja possível o respeito!
Enfim, não quero ser diferente, afinal tudo que quero é igual ao que você tem!
Inclusive o Respeito!



Thiago Pereira

19 de junho de 2011

Casal de lésbicas completa 70 anos de união!






A matéria que tomamos a liberdade de traduzir conta a vida de um casal de lésbicas, Leto e Magazzu, juntas há 70 anos. Isso mesmo! 70 anos de amor, descobertas, confidências, conflitos, brigas, ciúmes, harmonia, carinho, amizade, confiança e todos os sentimentos que integram um relacionamento de verdade.

Além de ser um marco chegar aos quase 100 anos de idade juntas, a história dessas duas mulheres tem um ingrediente a mais. Resistiu ao preconceito do passado e resiste ao do presente. Sim, porque mesmo depois de tantas décadas Leto e Magazzu ainda são vítimas daquilo que consideramos um dos maiores males da sociedade.



Fica fácil entender porque elas mantiveram sua união em segredo durante tanto tempo. Vejam agora a história dessas duas jovens gays numa tradução adaptada:



Sim, casais formados por pessoas com 90 anos ainda discutem ocasionalmente. O exemplo pode ser visto no sofá da casa de Caroline Leto e Venera Magazzu: “Não vamos ter uma festa”, diz Magazzu, de 97 anos, argumentando que elas são muito idosas para esse tipo de coisa. “Sim, nós somos”, responde Leto, de 96, que admite que as duas podem ainda dançar polka.



Uma festa celebrando os 70 anos juntos é um marco para qualquer casal. Especialmente para essas duas senhoras, considerando que elas tiveram de silenciar sobre a história de amor delas durante décadas. “Você simplesmente não podia dizer para todo mundo que nós éramos amantes”, contou Leto. “Você diz para as pessoas que somos amigas, algumas pensam que éramos irmãs”.



Leto e Magazzu ignoram seu pioneirismo na comunidade gay e lésbica. Mas muitos dos seus amigos e parentes reforçam o seu papel, apontando para o fato de como o amor das duas foi capaz de transcender o tempo, cheio de obstáculos. Para celebrar o amor das duas, membros da Etz Chaim, uma associação de gays e lésbicas em Wilton Manors, estão planejando uma festa. Eles esperam que Leto e Magazzu atendam ao pedido e mostrem a todos como dançar a polka.



“Honestamente, eu acho que as duas estão mais apaixonadas do que no passado”, afirma um amigo pessoal do casal. “Olhe para os casais heterossexuais. Você tem sorte se ainda permanece casado após sete anos. Esta é uma história de amor incrível”.



Em 1939, Leto e Magazzu se conheceram em uma festa em Nova York. Leto achou Magazzu estilosa, que a considerou divertida. Um ano depois, Magazzu, professora, e Leto, operadora de telégrafo, mudaram-se para uma humilde casa, em Nova York. Elas passaram a maior parte da vida lá, com poucos parentes e amigos próximos sabendo sobre o relacionamento.



Magazzu conta que sempre brigou para contar para as outras pessoas, mas que temia o que elas poderiam pensar. Ela acredita que a sociedade daquela época era muito mais receptiva a duas mulheres que moram juntas do que a dois homens – e também bem menos inquisitiva.



“Eu acho que a maior parte das pessoas desconfiava, mas nunca fizeram escândalo sobre isso porque éramos apenas duas mulheres”, disse. “Eles não perguntavam, e nós simplesmente não falávamos”.



A sobrinha de Leto, Patricia Dillion, contou que cresceu acreditando que as duas fossem irmãs e sempre se referiu a elas como tias. Leto contou o “segredo” a ela durante uma festa de família. “Ela mencionou que elas tinham se casado”, disse Dillion. “Eu fiquei tão feliz, mas depois fiquei pensando em todo o tempo que elas não puderam admitir isso”.



Em 1996, as duas se registraram como parceiras em Nova York. Elas contam que fizeram isso porque sentiram que precisavam contar a todos sobre a sua vida juntas.



Anos depois, se mudaram para a Flórida, quando se tornaram mais ativas na comunidade LGBT, servindo de exemplo para os ativistas. Além disso, passaram a levar vida de qualquer jovem aposentado na Flórida: viajando em cruzeiros, jogando pôquer com os amigos. Adotaram um animal de estimação, um macaco chamado Chi-Chi.



Em 2006, com uma desacelerada normal causada pelo avanço da idade, Magazzu colocou no papel a história delas, num livro chamado An Unadulterated Story: Young and Gay at 90 (Uma história pura: jovem e gay aos 90). Durante a entrevista que originou a matéria do Herald Tribune, o repórter presenciou um fato curioso: as duas discutindo sobre onde estava um exemplar do livro. Magazzu insistia que estava no quarto. Leto, que havia visto no bagageiro do carro.



“Ok, então se você sabe onde está tudo, vá lá e pegue”, provocou Magazzu, enquanto apelava a uma busca na cozinha. Leto apenas sorriu e disparou: “Meiga, não?”

29 de maio de 2011

Como se assumir lésbica perante os pais





Pois é, provavelmente está a chegar a hora de se assumir como lésbica perante os seus pais… E que fazer, e como o fazer? Tudo passa pela sua cabeça: Será que eles vão aceitar? - ou pelo contrário farão disto um cenário de terror na sua vida? A verdade é que a maioria dos pais não reage mal, mas tudo depende como se assume perante eles e do facto de os preparar para este momento.


Considere sempre o pior cenário

Se pensa que tudo pode correr bem, não se esqueça de pensar que tudo pode correr muito mal. Imagine sempre o pior cenário, e tenha sempre um segundo plano caso o pior cenário se torne real. Se vive com os seus pais, e eles reagirem mal à notícia, o ideal será pensar desde já num local alternativo para ficar - caso eles se passem e a coloquem fora de casa. Comece a imaginar como será a sua vida se os seus pais deixarem de a ajudar financeiramente: prepare sempre uma alternativa. Parece dramático demais? A verdade é que nada como imaginar o pior cenário, para que tudo que aconteça não seja uma surpresa negativa.

No caso de ser apenas, em parte, financeiramente independente ( como no caso de estar em início de carreira e ainda depender dos seus pais para lhe pagarem a renda de casa), espere que eles lhe possam negar essa ajuda financeira. Espere essa situação e prepare um plano alternativo, nem que seja ir viver para a casa de um amigo por uns tempos. 

Pergunte-se sempre: “Porque desejo que os meus pais sejam conhecedores acerca da minha orientação sexual?”. Descubra a resposta a esta questão. Se a resposta for: “Porque eles são importantes para mim e como tal é importante que eles saibam.”; se esta é a resposta, tudo bem; mas se pensa que os seus pais são homofóbicos e os vais fazer mudar de ideias com uma notícia destas, a verdade é que ainda os poderá tornar mais revoltados e por isso mais homofóbicos. Nunca lhes comunique uma notícia destas num ataque de fúria, ou num momento de desespero. O sentimento de desespero ou de raiva será o que mais vai sobressair, sendo o assunto verdadeiro passado para segundo plano, tornando-se ainda mais difícil de aceitar. O ideal será começar a preparar terreno: comece por contar a notícia a pessoas da sua família que sejam mais tolerantes, que a possam ajudar e que a apoiem na ocasião de falar com os seus pais, ou até mesmo para os ir preparando antes de si.


Escolha um bom momento

Um momento ideal para se assumir perante os seus pais é difícil de definir, mas tente que seja o mais propício possível como por exemplo: deverá escolher um momento em que saiba que os seus pais estão com tempo para a ouvir e que não vai ser interrompida. Esta ocasião pode ser difícil de surgir, mas se não se proporcionar naturalmente, proporcione-a você mesma. Nunca escolha momentos como aniversários, Natais ou outro tipo de celebração que pode tornar-se caótica. Deve sempre contar com o pior e isso também implica pensar na situação e no que pode afectar outras pessoas. 

Nunca tente dizer estas coisas através das novas tecnologias, como enviar um e-mail aos seus pais, ou mesmo telefonar-lhes para se assumir; pode parecer mais fácil mas na realidade não há nada como o cara-a-cara para dar uma notícia destas, evitando assim mal-entendidos.

Se tem uma relação actual, não traga essa pessoa para esta conversa: nem fisicamente nem circunstancialmente; vá preparando os seus pais, e não espere que eles absorvam tanta informação de uma só vez. No caso de eles conhecerem a sua companheira e gostarem muito dela, isso será uma vantagem, mas essa é uma vantagem que deve ser usada mais tarde e não no momento em que se assume.


Seja calma e pense antes de falar

Nada como planear o que se vai dizer numa situação destas. Parece que o improviso pode parecer mais natural, mas na realidade o improviso pode dar origem a exaltações mais rapidamente, que as respostas planeadas. Deve sempre planear a conversa ao detalhe e até mesmo praticá-la com um amigo. Também deve sempre perguntar a outros que passaram pela mesma situação como é que o fizeram, porque basear-se em experiências de outros dá sempre algum traquejo emocional para passarmos as nossas. 

Considere situações como: se os seus pais já a questionaram acerca de ser gay; isto pode ser uma boa linha de introdução para iniciar “a conversa” com eles; isto também demonstra que poderão ser mais tolerantes à notícia, dado que admitem que esta hipótese é uma hipótese possível.


Tenha paciência

Aceitarem ter-se assumido como lésbica é algo que pode levar mais, ou menos tempo; por isso esteja preparada para passar pela fase de aceitação dos seus pais. Poderá imaginar o tempo que demorará aos seus pais a habituaram-se a esta nova realidade, baseando-se em experiências passadas a que tenha assistido aos seus pais passarem, como situações de grande stressemocional; estas situações poderão funcionar como um indicador não só da reacção mas também do tempo de aceitação da nova notícia. 

Nunca se deve esquecer que os seus pais com o seu “sair do armário”experienciam como que uma “perda”, em que a filha que imaginavam que tinham, não corresponde exactamente à realidade. Os seus pais poderiam sonhar com um vida heterossexual de acordo com os seus padrões culturais, e estereótipos construídos ao longo da vida, por isso deve dar-lhes o espaço para se habituarem à perda e a aceitarem como a nova realidade. Mais tarde eles começarão a aceitar o facto de que a filha é lésbica e toda a realidade existente à volta dessa nova existência.


Prepare-se para ouvir

Esteja preparada para responder a questões feitas pelos seus pais. Esteja preparada para lhes explicar que ser lésbica não é algo que se escolhe, que não é um defeito, nem sequer culpa deles devido a algo que não tenham feito bem. Ser honesta com os seus pais é a única decisão que foi escolhida por si. Ah! Se os seus pais pertencem a uma religião que condena a homossexualidade, prepare-se previamente com argumentos religiosos que poderão contrariar os que eles apresentarem. 

Alguns pais poderão sugerir um internamento ou até uma cura para o que consideram ser um problema resolvível, ao que lhes pode afirmar que a ciência médica não considera a homossexualidade uma doença, nem física nem mental. 

Faça-os saber que é feliz dessa maneira e que eles devem de ser felizes consigo. Faça-os saber que existem outros membros da família que a apoiam e que se sentem confortáveis com a sua maneira de ser. A verdade é que a principal preocupação dos pais é com a discriminação e com o quanto a sociedade pode maltratar alguém homossexual; assegure-os que já se sabe defender, que a sociedade já está mais tolerante e que tudo vai correr bem.


Ajude-os a ter apoio

Certamente que os seus pais irão ficar emocionalmente abalados, especialmente se não faziam a mínima ideia da sua homossexualidade. Por isso considere arranjar alguém com quem eles possam conversar sobre o assunto, como um psicólogo ou até um médico de família. Depois de os seus pais sentirem que existem outros pais na mesma situação, certamente irão sentir-se mais compreendidos e menos desprotegidos.


Parabéns!

Parabéns, se já se assumiu! Agora é só dar aos seus pais o tempo e o espaço necessário para que eles aceitem a notícia. Aproveite esta ocasião para fazer algo de bom por si, comemore a sua atitude, encontre-se com amigos, faça uma celebração, vá a um bar gay. Parabéns