Pois é, provavelmente está a chegar a hora de se assumir como lésbica perante os seus pais… E que fazer, e como o fazer? Tudo passa pela sua cabeça: Será que eles vão aceitar? - ou pelo contrário farão disto um cenário de terror na sua vida? A verdade é que a maioria dos pais não reage mal, mas tudo depende como se assume perante eles e do facto de os preparar para este momento.
Considere sempre o pior cenário
Se pensa que tudo pode correr bem, não se esqueça de pensar que tudo pode correr muito mal. Imagine sempre o pior cenário, e tenha sempre um segundo plano caso o pior cenário se torne real. Se vive com os seus pais, e eles reagirem mal à notícia, o ideal será pensar desde já num local alternativo para ficar - caso eles se passem e a coloquem fora de casa. Comece a imaginar como será a sua vida se os seus pais deixarem de a ajudar financeiramente: prepare sempre uma alternativa. Parece dramático demais? A verdade é que nada como imaginar o pior cenário, para que tudo que aconteça não seja uma surpresa negativa.
No caso de ser apenas, em parte, financeiramente independente ( como no caso de estar em início de carreira e ainda depender dos seus pais para lhe pagarem a renda de casa), espere que eles lhe possam negar essa ajuda financeira. Espere essa situação e prepare um plano alternativo, nem que seja ir viver para a casa de um amigo por uns tempos.
Pergunte-se sempre: “Porque desejo que os meus pais sejam conhecedores acerca da minha orientação sexual?”. Descubra a resposta a esta questão. Se a resposta for: “Porque eles são importantes para mim e como tal é importante que eles saibam.”; se esta é a resposta, tudo bem; mas se pensa que os seus pais são homofóbicos e os vais fazer mudar de ideias com uma notícia destas, a verdade é que ainda os poderá tornar mais revoltados e por isso mais homofóbicos. Nunca lhes comunique uma notícia destas num ataque de fúria, ou num momento de desespero. O sentimento de desespero ou de raiva será o que mais vai sobressair, sendo o assunto verdadeiro passado para segundo plano, tornando-se ainda mais difícil de aceitar. O ideal será começar a preparar terreno: comece por contar a notícia a pessoas da sua família que sejam mais tolerantes, que a possam ajudar e que a apoiem na ocasião de falar com os seus pais, ou até mesmo para os ir preparando antes de si.
No caso de ser apenas, em parte, financeiramente independente ( como no caso de estar em início de carreira e ainda depender dos seus pais para lhe pagarem a renda de casa), espere que eles lhe possam negar essa ajuda financeira. Espere essa situação e prepare um plano alternativo, nem que seja ir viver para a casa de um amigo por uns tempos.
Pergunte-se sempre: “Porque desejo que os meus pais sejam conhecedores acerca da minha orientação sexual?”. Descubra a resposta a esta questão. Se a resposta for: “Porque eles são importantes para mim e como tal é importante que eles saibam.”; se esta é a resposta, tudo bem; mas se pensa que os seus pais são homofóbicos e os vais fazer mudar de ideias com uma notícia destas, a verdade é que ainda os poderá tornar mais revoltados e por isso mais homofóbicos. Nunca lhes comunique uma notícia destas num ataque de fúria, ou num momento de desespero. O sentimento de desespero ou de raiva será o que mais vai sobressair, sendo o assunto verdadeiro passado para segundo plano, tornando-se ainda mais difícil de aceitar. O ideal será começar a preparar terreno: comece por contar a notícia a pessoas da sua família que sejam mais tolerantes, que a possam ajudar e que a apoiem na ocasião de falar com os seus pais, ou até mesmo para os ir preparando antes de si.
Escolha um bom momento
Um momento ideal para se assumir perante os seus pais é difícil de definir, mas tente que seja o mais propício possível como por exemplo: deverá escolher um momento em que saiba que os seus pais estão com tempo para a ouvir e que não vai ser interrompida. Esta ocasião pode ser difícil de surgir, mas se não se proporcionar naturalmente, proporcione-a você mesma. Nunca escolha momentos como aniversários, Natais ou outro tipo de celebração que pode tornar-se caótica. Deve sempre contar com o pior e isso também implica pensar na situação e no que pode afectar outras pessoas.
Nunca tente dizer estas coisas através das novas tecnologias, como enviar um e-mail aos seus pais, ou mesmo telefonar-lhes para se assumir; pode parecer mais fácil mas na realidade não há nada como o cara-a-cara para dar uma notícia destas, evitando assim mal-entendidos.
Se tem uma relação actual, não traga essa pessoa para esta conversa: nem fisicamente nem circunstancialmente; vá preparando os seus pais, e não espere que eles absorvam tanta informação de uma só vez. No caso de eles conhecerem a sua companheira e gostarem muito dela, isso será uma vantagem, mas essa é uma vantagem que deve ser usada mais tarde e não no momento em que se assume.
Nunca tente dizer estas coisas através das novas tecnologias, como enviar um e-mail aos seus pais, ou mesmo telefonar-lhes para se assumir; pode parecer mais fácil mas na realidade não há nada como o cara-a-cara para dar uma notícia destas, evitando assim mal-entendidos.
Se tem uma relação actual, não traga essa pessoa para esta conversa: nem fisicamente nem circunstancialmente; vá preparando os seus pais, e não espere que eles absorvam tanta informação de uma só vez. No caso de eles conhecerem a sua companheira e gostarem muito dela, isso será uma vantagem, mas essa é uma vantagem que deve ser usada mais tarde e não no momento em que se assume.
Seja calma e pense antes de falar
Nada como planear o que se vai dizer numa situação destas. Parece que o improviso pode parecer mais natural, mas na realidade o improviso pode dar origem a exaltações mais rapidamente, que as respostas planeadas. Deve sempre planear a conversa ao detalhe e até mesmo praticá-la com um amigo. Também deve sempre perguntar a outros que passaram pela mesma situação como é que o fizeram, porque basear-se em experiências de outros dá sempre algum traquejo emocional para passarmos as nossas.
Considere situações como: se os seus pais já a questionaram acerca de ser gay; isto pode ser uma boa linha de introdução para iniciar “a conversa” com eles; isto também demonstra que poderão ser mais tolerantes à notícia, dado que admitem que esta hipótese é uma hipótese possível.
Considere situações como: se os seus pais já a questionaram acerca de ser gay; isto pode ser uma boa linha de introdução para iniciar “a conversa” com eles; isto também demonstra que poderão ser mais tolerantes à notícia, dado que admitem que esta hipótese é uma hipótese possível.
Tenha paciência
Aceitarem ter-se assumido como lésbica é algo que pode levar mais, ou menos tempo; por isso esteja preparada para passar pela fase de aceitação dos seus pais. Poderá imaginar o tempo que demorará aos seus pais a habituaram-se a esta nova realidade, baseando-se em experiências passadas a que tenha assistido aos seus pais passarem, como situações de grande stressemocional; estas situações poderão funcionar como um indicador não só da reacção mas também do tempo de aceitação da nova notícia.
Nunca se deve esquecer que os seus pais com o seu “sair do armário”experienciam como que uma “perda”, em que a filha que imaginavam que tinham, não corresponde exactamente à realidade. Os seus pais poderiam sonhar com um vida heterossexual de acordo com os seus padrões culturais, e estereótipos construídos ao longo da vida, por isso deve dar-lhes o espaço para se habituarem à perda e a aceitarem como a nova realidade. Mais tarde eles começarão a aceitar o facto de que a filha é lésbica e toda a realidade existente à volta dessa nova existência.
Nunca se deve esquecer que os seus pais com o seu “sair do armário”experienciam como que uma “perda”, em que a filha que imaginavam que tinham, não corresponde exactamente à realidade. Os seus pais poderiam sonhar com um vida heterossexual de acordo com os seus padrões culturais, e estereótipos construídos ao longo da vida, por isso deve dar-lhes o espaço para se habituarem à perda e a aceitarem como a nova realidade. Mais tarde eles começarão a aceitar o facto de que a filha é lésbica e toda a realidade existente à volta dessa nova existência.
Prepare-se para ouvir
Esteja preparada para responder a questões feitas pelos seus pais. Esteja preparada para lhes explicar que ser lésbica não é algo que se escolhe, que não é um defeito, nem sequer culpa deles devido a algo que não tenham feito bem. Ser honesta com os seus pais é a única decisão que foi escolhida por si. Ah! Se os seus pais pertencem a uma religião que condena a homossexualidade, prepare-se previamente com argumentos religiosos que poderão contrariar os que eles apresentarem.
Alguns pais poderão sugerir um internamento ou até uma cura para o que consideram ser um problema resolvível, ao que lhes pode afirmar que a ciência médica não considera a homossexualidade uma doença, nem física nem mental.
Faça-os saber que é feliz dessa maneira e que eles devem de ser felizes consigo. Faça-os saber que existem outros membros da família que a apoiam e que se sentem confortáveis com a sua maneira de ser. A verdade é que a principal preocupação dos pais é com a discriminação e com o quanto a sociedade pode maltratar alguém homossexual; assegure-os que já se sabe defender, que a sociedade já está mais tolerante e que tudo vai correr bem.
Alguns pais poderão sugerir um internamento ou até uma cura para o que consideram ser um problema resolvível, ao que lhes pode afirmar que a ciência médica não considera a homossexualidade uma doença, nem física nem mental.
Faça-os saber que é feliz dessa maneira e que eles devem de ser felizes consigo. Faça-os saber que existem outros membros da família que a apoiam e que se sentem confortáveis com a sua maneira de ser. A verdade é que a principal preocupação dos pais é com a discriminação e com o quanto a sociedade pode maltratar alguém homossexual; assegure-os que já se sabe defender, que a sociedade já está mais tolerante e que tudo vai correr bem.
Ajude-os a ter apoio
Certamente que os seus pais irão ficar emocionalmente abalados, especialmente se não faziam a mínima ideia da sua homossexualidade. Por isso considere arranjar alguém com quem eles possam conversar sobre o assunto, como um psicólogo ou até um médico de família. Depois de os seus pais sentirem que existem outros pais na mesma situação, certamente irão sentir-se mais compreendidos e menos desprotegidos.